quarta-feira, 18 de novembro de 2009
VISUALIZAÇÕES TERAPÊUTICAS
foto LAGO MONAIRE (CANADÁ)
A visualização de cenas confortantes e prazerosas, como de belas paisagens, acalma e alivia os males do corpo. Quem constata isso é a própria ciência, através de estudos sérios como os desenvolvidos pelo psiquiatra norte-americano Gerad Epstein, que há mais de 15 anos realiza trabalhos sobre visualização e seus efeitos benéficos para o organismo. Epstein explica que a produção de imagens mentais é um processo comum e que fazemos isso o tempo todo, só que de forma agitada, desordenada, caótica. “Porém – ressalta ele – quando a mente é estimulada a ser organizada e positiva, o efeito é imediato”. Essa prática estimula a fabricação de substâncias produzidas pelo sistema nervoso, os neurotransmissores, que influenciam as sensações de bem-estar e estresse e agem como mensageiras da mente para todo o corpo, inclusive para os leucócitos, células que defendem o organismo das doenças. “Daí a importância para a saúde de criar sempre imagens favoráveis” – enfatiza o dermatologista Roberto Azambuja, de Brasília, coordenador do departamento de dermatologia integrativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, especialidade que leva em consideração a influência dos aspectos emocionais, psicossociais e espirituais sobre o aparecimento de doenças. Já são muitos os beneficiados pela visualização, antes comum entre alguns religiosos adeptos da meditação. O contato comercial Alexandre Morgado Rosa, de 34 anos, de São Paulo, é um deles. Morgado sofria de excesso de ansiedade, que lhe causava sensação de pânico. “Todos os dias, sento bem relaxado e durante alguns minutos me concentro em cenas tranqüilas. Atualmente, minha visualização preferida é a de estar voando sobre as nuvens, em um céu azul. É incrível como saio leve e muito mais preparado para enfrentar o dia de trabalho” – conta. As informações são da reportagem “Ver para curar”, de Wilson F.D.Weigi para a edição eletrônica da revista “Bons Fluídos” (http://bonsfluidos.abril.uol.com.br). ******************** Joanna de Ângelis, no livro “Vida: desafios e soluções”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, trata num dos capítulos de “Meditação e visualização”, orientando, inclusive, como realizá-las: “A mente é um corcel rebelde, que necessita ser domada pelo exercício de direcionamento a valores que elevem e dignifiquem o ser. A polivalência de preocupações, de apelos, de necessidades deixa-a sempre agitada ou esgotada, incapaz de novas contribuições, quando são solicitadas colaborações inabituais, gerando dificuldade de concentração e de captação de idéias diferentes. Criada a atmosfera de relaxamento sem dificuldade, com a respiração pausada, em tempos específicos de inspirar com a boca cerrada, reter, mantendo-a ainda fechada e expirar, abrindo-se suavemente os lábios, modifica-se esse tipo de estrutura convencional, a que se está acostumado, dando-se lugar a um novo método saudável de absorção e eliminação do ar. Perceber-se-á, aos primeiros dias do exercício, uma renovação orgânica, muscular e melhor disposição para as atividades, como efeito da boa respiração, passando-se então para a visualização, que é um método de enriquecer o pensamento e a memória, despojando a última das fixações pessimistas e inquietadoras que se tornaram habituais. Basta que se pense em uma região agradável: praia tranqüila, bosque perfumado, jardim colorido, regato cantante e manso, lago espelhado, montanha altaneira, recanto bonito, qualquer lugar que ofereça uma paisagem, uma visão encantadora e confortante, para poder transferir-se mentalmente para a mesma. Conservando o relaxamento e a respiração, a mente que elabora o lugar ou a memória que traz de volta um referencial sedutor, como cromo festivo, deve fixar o pensamento e aí viver as agradáveis harmonias, enquanto se deixa penetrar pelas forças ignotas da Natureza, facultando a sintonia com a Energia Divina, que se encontra em toda parte, abrindo espaço para as influências dos Espíritos Superiores, que se utilizam desses momentos, a fim de auxiliarem os seus pupilos, particularmente aqueles que estão interessados no próprio crescimento moral. Quando estiver estabelecido esse novo hábito, deve-se visualizar um acontecimento agradável que se encontra guardado no inconsciente, retirando-o dali pela memória ativa e voltando a experimentá-lo de tal forma, que se torna vívido e saudável, proporcionando o mesmo bem-estar daquela oportunidade ora passada. Esse expediente auxiliará a emoção a reviver cenas felizes, que estão sepultadas sob os desencantos e problemas acumulados, que ora constituem carga emocional muito desagradável e inquietadora. Com esse método fácil de reviver a felicidade, pode-se visualizar, também, momentos desagradáveis, ocorrências más, que deixaram resíduos ácidos e ressentimentos graves, desculpando o ofensor, distendendo- lhe o perdão, retirando-o dos arquivos do inconsciente e liberando-se para preencher o espaço com acontecimentos vitalizadores. Por fim, visualizar uma grande luz com tonalidades suaves e penetrantes, deixando que se lhe adentre pelo centro coronário, invadindo o aparelho circulatório, a partir do cérebro e tomando todo o organismo, lentamente, liberando-o das energias deletérias que facultam a instalação de microorganismos destruidores e de larvas mentais, formas-pensamento e outros, que contribuem para o surgimento de enfermidades degenerativas. Com a força mental deve-se empurrar os impedimentos que a luz encontre nas artérias, veias e vasos, até que todo o corpo interiormente seja uma torrente luminosa.”
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