quinta-feira, 13 de maio de 2010
ONDAS CEREBRAIS E MEDITAÇÃO
O cérebro, exaustivamente visto pela neurologia, ainda é um mistério, e as pesquisas dia após dia acrescentam novos conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro e de como ele funciona. Em 1920 foram descobertas as ondas cerebrais e sua relação com os diversos estados de consciência. É fato sabido hoje, que o cérebro, funciona por estímulos (impulsos, ondas), que podem ser medidos pelo EEG (Eletroencefalograma) e que induzem o homem a quatro estágios – níveis mentais, classificados por ciclos rítmicos por segundo (Hertz), sendo eles o Alfa, Beta, Teta e Delta. Estabelece-se que o BETA é o estágio comum para pessoas normais, com oscilações de 14 a 28 ciclos por segundo (Hertz), sendo então o nível das consciências interior e exterior; é um estado normal para as atividades do dia a dia, sobrecarregando-se de tensões consequentes. Voce provavelmente agora está produzindo ondas BETA.
ALFA é uma onda mais tranquila, com 7 a 14 ciclos por segundo (Hertz); é um estágio no qual se entra quando se fecha os olhos e se relaxa. É o estágio de maior importância para o ser humano. É um estado de tendência a interiorização. ALFA pode ser de alta ou baixa amplitude, de acordo com a produção de microvolts pelo cérebro. ALFA de alta-amplitude indica um sujeito está em profundo estado de concentração. TETA, com oscilações de 4 a 7 ciclos por segundo, responsabiliza-se pela sonolência e pela passagem para a inconsciência e o sono; é um estágio recuperador das energias. É um estágio de profunda interiorização. DELTA, com 1 a 4 ciclos por segundo, é o estado de inconsciência total, sono profundo, sem reflexão alguma. Por meio de um aparelho de EEG, pode-se medir os ritmos cerebrais. Foram feitas pesquisas, medindo os ritmos mentais antes e depois de práticas de meditação e oração profunda. Antes da meditação observou-se a presença de ondas BETA - que indicam pessoas nervosas e estressadas. Durante a meditação e oração, surgiram as ondas ALFA, que só aparecem quando a pessoa está relaxada ou concentrada, e as ondas TETA, que só ocorrem em
meditação profunda. Quando a pessoa está neste estado, o cérebro aumenta a produção de endorfinas, que acalmam a dor ou o stress e circulam em todo o corpo, revitalizando as células. Estudos na área de fisiologia cerebral estão mostrando que a meditação e a oração silenciosa diminuem os padrões de EEG (Eletroencefalograma) no cérebro, isto é, diminuem a frequência dos ritmos (passando do ritmo Beta
para o Alfa ou Teta) e aumentando a sincronização de suas ondas. Estudos foram feitos em monges Zen em meditação, em que se colocavam eletrodos nas zonas frontal, parietal e occipital do cérebro e ligavam-nos ao EEG (Eletroencefalograma). Mediu-se além dos ritmos do cérebro o pulso, a respiração, a relaxação muscular e a resistência da pele. Os resultados mostraram que os monges Zen quase imeditamente passavam para o Alfa. Em alguns casos, desenvolveu-se a passagem para ritmos Teta. Após a meditação, as ondas Alfa continuaram por algum tempo. Outras pesquisas realizadas com Swamis Hindus e monges Católicos em meditação e contemplação, obtiveram resultados semelhantes aos obtidos com os monges Zen. Estudos tem demonstrado que o Zen, o Yoga, a Meditação Transcendental e qualquer forma de contemplação e oração profunda permitem atingir as ondas cerebrais de baixa frequência (Alfa e Teta). Médicos chegaram a conclusão que quem medita entra com facilidade no ritmo Alfa. E o inverso tambem parece ser verdade: os produtores de Alfa voltam-se para a meditação e a vida contemplativa.
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