
Meu blog tem outro foco, mas sempre que me deparo com exemplos como esse, não consigo deixar passar sem prestar uma pequena homenagem, deixando registrado o quanto é bom ver pessoas de bem, que são movidas por amor e honestidade fazendo a coisa acontecer em benefício dos mais necessitados e não vivendo inertes as custas do seu status e do dinheiro público, além de como é lindo uma pessoa nunca negar suas origens e mostrar que quem tem vontade e Deus no coração chega no topo do Mundo! parabéns! Sr. Juiz João Gandini o senhor é um HOMEM, UM CIDADÃO! QUE PRATICA CIDADANIA NA CONCEPÇÃO DA PALAVRA! Paulo Tisi
João Gandini recebeu o prêmio Innovare, que reconhece importância de práticas que melhoram o funcionamento da Justiça.
Um degrau de cada vez para promover a justiça. Existem iniciativas em comunidades carentes que tiveram muito êxito. Um juiz de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mostra como é possível tornar a Justiça mais eficiente. Para isso, ele saiu do conforto do gabinete e descobriu maneiras de melhorar a vida de moradores de favelas da cidade. Pela ação, ele recebeu o prêmio Innovare, que reconhece a importância de práticas que melhoram o funcionamento da Justiça.
Foi em uma comunidade que João Gandini viveu a infância e parte da adolescência, antes de ir para São Paulo ganhar a vida como sorveteiro e catador de papelão.
Há quatro anos, ele decidiu deixar o gabinete, fotografou as 34 favelas de Ribeirão Preto e os problemas: falta de saneamento básico, moradias em área de risco, gente vivendo em péssimas condições e decidiu agir.
"Havia uma motivação pessoal, porque eu vivia uma realidade próxima a essa na minha infância e juventude. Havia a necessidade de resgatar esse passado", conta o magistrado.
O juiz reuniu aliados. Primeiro, os próprios moradores, que apontaram os problemas; depois, prefeitura e empresas. O projeto reurbanizou 12 favelas e melhorou a vida de 2,5 mil famílias. Aos poucos, a favela foi sofrendo uma transformação radical. Em vez de barracos, casas. No lugar da vergonha, dignidade.
"Ele pergunta para gente o que mais vai vir de benefícios para a comunidade. Hoje a gente sente que a autoestima está em elevação e a cidadania também", conta a líder comunitária Vera Silva.
Há três anos, a rua era bem diferente: era de terra e não havia iluminação. O projeto trouxe asfalto, calçada, energia elétrica e água para todas as casas da comunidade. Agora, pelas ruas, podem passar os carros dos moradores, ambulância, ônibus e caminhões com mudança.
A vida mudou mesmo e não deixou saudade: "Era uma coisa doida, se chovesse, tinha que desistir, ou tinha que levar o sapato na bolsa", lembra a professora Shirlei Camargo
Mudou também o endereço de Juventino de Jesus. Hoje ele mora em uma das 102 casas destinadas aos moradores da favela: "A gente queria realizar o sonho da gente, que como de todo trabalhador é ter uma casa", diz o serviço gerais.
O juiz quer seguir em frente: "Nós fizemos várias parcerias com as igrejas, com os clubes de serviço, com a universidade, no sentido de dar assessoria aos moradores para que esses projetos alcançassem as famílias, promover o ser humano enquanto família. Na medida em que se faz isso, e não apenas age na questão física, você tira a pessoa da miséria, da indignidade e ela ganha cidadania".
Quem decidiu ficar, quer uma casa mais bonita e o direito de ter um endereço de cidadão: "Agora é Jardim Monte Alegre", diz um morador.
As cem famílias beneficiadas na primeira etapa do projeto também ganharam geladeira, fogão e chuveiro elétrico, graças a uma parceria que o juiz fez com a iniciativa privada. O prêmio Innovare será entregue nesta quinta-feira (17), em Brasília.
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